Você já ouviu falar sobre o TCE leve e como ele pode ser detectado? Neste artigo, vamos mergulhar no mundo da tomografia computadorizada para entender como essa tecnologia avançada está ajudando a identificar o traumatismo crânio-encefálico leve. Vamos explorar os sintomas, causas e tratamentos, proporcionando uma visão clara dessa condição médica comum, mas muitas vezes mal compreendida.
O traumatismo crânio-encefálico (TCE) leve – concussão é comum e, apesar de ser tipicamente benigno, apresenta risco de sequelas graves a curto e longo prazo. Hoje em dia, é possível identificar um TCE leve por meio da tomografia computadorizada.
Ficou curioso para saber mais sobre o assunto? Então, não deixe de ler este conteúdo para entender melhor!
O que é TCE?
O trauma cranioencefálico trata-se de uma lesão física ao tecido cerebral que, seja temporária ou permanente, incapacita a função cerebral. O diagnóstico é suspeitado clinicamente e confirmado por imagens de TC de crânio.
A princípio, o tratamento consiste em suporte respiratório e manutenção adequada de ventilação, oxigenação e pressão arterial (PA). Na maioria das vezes, é necessária uma intervenção cirúrgica em pacientes com lesões mais graves.
A cirurgia é feita para colocar monitores com o objetivo de medir a elevação da pressão intracraniana, descomprimir o cérebro se a pressão intracraniana estiver aumentada ou remover hematomas intracranianos.
Nos primeiros dias após sofrer a lesão, é crucial tentar manter a perfusão e oxigenação cerebral adequadas e prevenir complicações de alteração do sensório. E como consequência, é normal que muitos pacientes precisem de reabilitação.
Ao redor do mundo todo, o trauma cranioencefálico (TCE) é uma das causas que mais leva à óbito ou deficiência.
As causas do TCE são as seguintes:
- Quedas (especialmente em adultos mais velhos e crianças pequenas);
- Acidentes com veículos automotores e outras causas relacionadas a transporte (p. ex., acidentes de bicicleta, colisões com pedestres);
- Agressões;
- Atividades esportivas (concussões relacionadas com esportes).
O termo “concussão” é muito comum na literatura médica como sinônimo de TCE leve e serve para indicar quando ocorre uma alteração do estado mental devido a um trauma que pode ou não envolver perda de consciência.
Sintomas do TCE
Nosso crânio é tem a função de proteger o órgão mais importante que temos, o cérebro. Talvez por essa razão que, os choques na cabeça, onde o crânio está inserido, seja um motivo de tanta preocupação.
Alguns dos principais sinais dos traumatismos cranianos são:
- Cefaleia;
- Tontura (incluindo vertigem e tontura inespecífica);
- Vertigem posicional paroxística benigna (VPPB);
- Convulsões;
- Distúrbios do sono;
- Distúrbio de convergência do olhar;
- Comprometimento cognitivo;
- Alteração no nível de consciência;
- Falas desconexas;
- Esquecimentos;
- Perda da orientação temporal;
- Náusea;
- Vômito;
- Ferimentos extensos;
- Sangue saindo pelo nariz ou pelas orelhas;
- Entre outros.
Estes sintomas, na maioria dos casos, se desenvolvem nos primeiros dias após o trauma e costumam sumir dentro de algumas semanas até alguns meses. Apesar de nem sempre esses sintomas serem uma comprovação de um traumatismo craniano mais grave, caso bata a cabeça e sinta qualquer um dos sintomas citados, o ideal é procurar por ajuda médica o mais rápido possível.
A dificuldade em ficar acordado também é outro sinal que merece atenção após uma concussão. E não é a mesma coisa que o sono após estresse, que é normal após uma situação de nervosismo.
Porém, é preciso ficar atento, caso o sono com respiração profunda, será necessário ir ao hospital. Isso porque, pode ser um indício de traumatismo craniano mais complicado.
Análise recente
Um paciente após sofrer um traumatismo craniano e procurar por um serviço hospitalar por qualquer sintoma, na abordagem inicial, ele passará pela tomografia de crânio (TCC). Um relatório publicado on-line no JAMA Neurology, tende a detectar determinados padrões de lesão na TCC, que possam indicar um risco de recuperação incompleta ou resultados adversos.
O objetivo do estudo seria propor um “biomarcador de imagem”, para fazer uma avaliação dos pacientes com TCE leve (ECG de 13 a 15), que se presente, é bem provável que terão pior prognóstico e devem ser acompanhados de perto pelo médico.
O Dr. Manley e seus colegas avaliaram achados e resultados de TCC em um subconjunto de 1.935 pacientes inscritos no estudo Transforming Research and Clinical Knowledge in Traumatic Brain Injury (TRACK-TBI) com pontuações ECG de 13 a 15.
Os pacientes apresentaram-se aos departamentos de emergência em 18 centros de trauma de nível 1 dos EUA entre 26 de fevereiro de 2014 e 8 de agosto de 2018. Uma TCC foi definida como positiva com a presença de qualquer anormalidade intracraniana aguda na primeira imagem após a admissão.
As pontuações ECG foram avaliadas em duas, três, seis semanas pós-lesão e depois em 12 meses. Os achados e resultados da TC foram validados externamente com base nos resultados do estudo Collaborative European NeuroTrauma Effectiveness Research in Traumatic Brain Injury (CENTER-TBI).
Resultados
De forma resumida, cerca de 715 entre 1.935 indivíduos (37%) nesta corte analítica obtiveram um resultado de TCC positiva para comprometimento intracraniano agudo. O padrão mais comum foi a hemorragia subaracnóidea traumática (HSAt) isolada.
Outros padrões comuns foram a combinação de HSAt, Hematoma subdural (HSD) e contusão; HSD isolado; e HSAt e HSD combinados.
Três tendências surgiram da análise das imagens:
- Hematoma subdural e contusão frequentemente ocorreram concomitantemente e foram associados com recuperação incompleta e comprometimento mais grave até 12 meses após a lesão;
- Hemorragia intraventricular e/ou petequial co-ocorreram e foram associadas a comprometimento mais grave até 12 meses após a lesão;
- Hematoma epidural foi associado com recuperação incompleta em alguns pontos, mas não com comprometimento mais grave.
Além disso, o estudo também serviu para mostrar a todos a importância de dar mais atenção ao atendimento e acompanhamento de muitas pessoas que chegam aos hospitais com TCE leve.
Isso porque, essas pessoas estão sob risco de sintomas que podem deixá-las incapacitadas para exercer as suas atividades da vida diária com o passar dos meses.
Conclusão
Como você pôde ver neste conteúdo, uma concussão, também conhecida como TCE leve, pode ser identificada por meio de uma TC do crânio. É importante identificar o problema para iniciar o tratamento o quanto antes, assim os riscos de o paciente sofrer com as sequelas serão menores. Por fim, o que você achou deste conteúdo? Foi útil para você? Não esqueça de compartilhar com os seus amigos e confira outros posts como este em nosso blog!
Identificando Traumatismo Crânio-Encefálico Leve: O Papel Crucial da Tomografia Computadorizada
O artigo aborda a importância da tomografia computadorizada na identificação do traumatismo crânio-encefálico (TCE) leve, também conhecido como concussão. Ele detalha os sintomas comuns do TCE, como cefaleia e tontura, e as causas, incluindo quedas e acidentes de transporte. O tratamento varia de suporte respiratório a intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade. O estudo mencionado no artigo revela padrões de lesão na tomografia que podem indicar um prognóstico mais desafiador, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico adequado para pacientes com TCE leve.
O que é TCE leve?
TCE leve, ou concussão, é uma lesão cerebral que pode ser temporária ou permanente, afetando a função cerebral.
Quais são os sintomas comuns do TCE leve?
Sintomas incluem cefaleia, tontura, vertigem, convulsões, distúrbios do sono, alteração no nível de consciência, e problemas de memória.
Como é feito o diagnóstico de TCE leve?
O diagnóstico é feito clinicamente e confirmado por imagens de tomografia computadorizada do crânio.
Quais são as causas mais comuns do TCE?
As causas incluem quedas, acidentes de transporte, agressões e atividades esportivas.
Qual é a importância da tomografia computadorizada no TCE leve?
A tomografia é crucial para identificar padrões de lesão que podem indicar um risco de recuperação incompleta ou resultados adversos.