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Como funciona a medicina nuclear?

A medicina nuclear é, de forma resumida, uma especialidade da medicina multifacetada e com uma série de casos de sucesso durante a sua história. Porém, ainda há muitos que não sabem, de fato, o que é ou como funciona.

Caso você tenha interesse em saber mais sobre o assunto, então continue lendo este conteúdo!

O que é medicina nuclear?

Na Radiologia, a medicina nuclear possui um grande potencial para diagnosticar e tratar algumas doenças com taxas mais altas de eficácia. Inclusive, para algumas doenças o tratamento padrão é feito a partir de radioisótopos.

Embora seja uma área nova e concentrada mais dentro dos grandes centros urbanos, essa é uma especialidade que se expande cada vez mais ao redor de todo o Brasil.

Dessa forma, a medicina nuclear promete tratamento de primeira linha para uma quantidade cada vez maior de pessoas. Essa especialidade baseia-se em administrar pequenas quantidades de materiais radioativos aos pacientes, para examinar a função de órgãos e tecidos.

Em outras palavras, os pacientes são unidos a moléculas carreadoras específicas para partes do corpo que precisam de análise. Sendo assim, os materiais passam por um processo de metabolização e emitem radiação (na forma de raios gama, na maioria das vezes), que os equipamentos especiais detectam.

Ou seja, o método permite que se obtenha imagens funcionais dos órgãos e tecidos humanos, permitindo que possa detectar mudanças no organismo que não estejam, necessariamente, relacionadas e achados anatômicos estruturais.

Por isso que a medicina nuclear é uma técnica diagnóstica de grande qualidade e também tornou-se essencial para métodos terapêuticos, usados por décadas para tratar câncer e outros tipos de doenças.

Com o passar dos anos, novas pesquisas surgem e abrem as portas para novas estradas para o uso de radioisótopos para tratar um rol crescente de problemas de saúde. Ou seja, a medicina nuclear ainda não alcançou seu grande potencial.

Como funciona a medicina nuclear?

O médico administra as substâncias no paciente por meio diferentes, dependendo da região do corpo para se analisar, como:

  • Injeção;
  • Aspiração;
  • Deglutição.

Feito isso, emite uma energia no modo de fótons ou de pósitrons que são identificados através de alguns equipamentos específicos e processados por computadores.

Logo em seguida, se obtém as imagens estáticas e/ou dinâmicas que ilustram o órgão analisado e como funciona. Liga esses radioisótopos a moléculas carreadoras, as quais podem variar conforme a região que precisa ser observada e os fins do escaneamento.

Portanto, se forma os radiofármacos, que é para administrar no paciente. É possível usar as moléculas carreadoras que serão metabolizadas como açúcares ou proteínas para uma certa região do corpo absorver, tornando as imagens mais precisas.

Também é possível “marcar” as moléculas com radioisótopos para avaliar a sua distribuição pelo corpo. Como ocorre com a marcação de leucócitos para detectar focos de inflamação / infecção, e de hemácias para analisar sangramentos.

Não há dúvidas de que essa é uma técnica bastante segura, tendo em vista que as doses de radiação são mínimas para tais fins. Por exemplo, para realizar um diagnóstico, a medicina nuclear fornece a mesma quantia de radiação no paciente que um raio X.

Exemplos de uso da medicina nuclear

É possível usar a medicina nuclear para detectar doenças durante as fases mais iniciais, antes que possam causar alguma alteração estrutural, que se diagnostica através dos exames anatômicos.

O uso desse método é muito comum para diagnosticar:

  • Avaliação de doenças cardíacas;
  • Vários tipos de câncer;
  • Neurológicas;
  • Endócrinas;
  • Gastrointestinais.

Entre os tipos de escaneamento mais normais para a medicina nuclear podemos citar os seguintes:

  • Renais;
  • Coração;
  • Cérebro;
  • Tireoide;
  • Ossos;
  • Mama.

Diagnóstico realizado por medicina nuclear

Para fins diagnósticos, os radioisótopos mais comuns na medicina nuclear são o tecnécio-99, que é a marcação de diversas moléculas carreadoras o iodo-131, que avalia as doenças na tireoide e tratamento de câncer na tireoide.

Embora não com tanta frequência, também se usa o gálio-67, que atualmente é bem útil para avaliar possíveis focos infecciosos, e o tálio-201, para doenças cardíacas.

A cintilografia é o exame diagnóstico mais antigo da medicina nuclear, onde se administra o radiofármaco ao paciente através de uma injeção. O equipamento “lê” esse material por meio da gama câmara.

Alguns exemplos mais comuns são a cintilografia óssea, do miocárdio, renais e da tireoide. O exame PET-CT trata-se de uma tecnologia diferente e mais nova aqui no país.

Que, em vez de ler raios gama, se lê os pósitrons, que os radiofármacos emitem diferentes aos que são usados nas cintilografias. Entre os mais usados no Brasil está o 18-FDG, ou fluorodesoxiglicose.

Este ilustra o metabolismo glicolítico no corpo e seu uso é para a detectar e monitorar vários tipos de câncer, incluindo para avaliar a resposta a tratamentos e forma de averiguar possíveis metástases.

Tratamentos através de medicina nuclear

O mesmo método de unir um isótopo radioativo a alguma molécula, utilizado no imageamento diagnóstico da medicina nuclear, é também útil para “entregar” tratamentos a certas regiões do corpo.

Entre os exemplos mais comuns de radiofármacos, está o tratamento com o iodo-131, sendo útil por mais de 50 anos para tratar de hipertireoidismo e de câncer na tireoide. De forma resumida, é um isótopo radioativo do iodo que o paciente ingere, em forma líquido ou em cápsulas, em uma só dose.

Após ser absorvido nas regiões tireoidianas em metástase, emitirá a energia radioativa, para eliminar as células nocivas. Há outros tipos de radiofármacos que também são usados em tratamentos médicos.

O samário-153, serve para tratamento paliativo de tumores ósseos, e o 177Lutécio- DOTATATO, para tratar tumores neuroendócrinos bem diferenciados. Com o passar dos anos, profissionais identificam os radioisótopos e os liberam para usar em outros tratamentos médicos.

O Rádio-223 é um dos mais novos, que foi aprovado pela Food and Drug Administration norte-americana em 2013. Este serve para ser usado em terapias contra câncer nos ossos de origem prostática.

O seu ponto de interesse é devido ao fato de emitir partículas alfa, que liberam uma quantia mais alta de energia em um raio menor de atuação. O que sugere uma terapia mais eficaz aos pacientes.

Conclusão

A medicina nuclear, devido a sua grande qualidade dos resultados dos exames, além de fornecer diagnósticos mais específicos e maiores taxas de eficácia aos tratamentos, tornou-se importante e com grande potencial para crescer no mundo todo.

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